quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Brincar como um modo de ser e estar no mundo

Brincadeira, cultura e conhecimento: Função humanizadora da escola


"Mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende, até porque se aprende a brincar"(FORTUNA 2004:7)
É brincando que a criança desenvolve sua inteligência, realizando diversas percepções, estimulada por diferentes materiais e interações com o meio na construção de um ser social.
Segundo BORBA (2006: 41), são duas perspectivas que configuram o brincar, como um dos pilares da constituição de culturas da infância, que tem significações e formas de ação sociais específicas que estruturam as relações; são modos pelos quais interpretam, representam e agem sobre o mundo.
As brincadeiras que as crianças desenvolvem coletivamente são compostas de elementos externos e internos as comunidades infantis.
Externamente, pode ter como fonte a cultura televisiva, o mercado de brinquedos, a cultura dos adultos e as suas representações sobre a brincadeira e a infância.
Internamente compõe-se de atitudes coletivas e elementos culturais como: regras, modos de falar e de fazer, valores, técnicas, artefatos, etc. Gerados nas praticas e reinterpretações dos elementos esternos, que podem ser descritos comporta mente, a experiência interna é de quem a vive.
Freud compreende que o brinquedo é o caminho real para o inconsciente da criança, assim como o sonho é o caminho real para o inconsciente do adulto. Ou seja, a experiência do brincar tem seu lado interno; que se expressa no exterior. (apud LUKESI)
A liberdade no brincar significa virar o mundo de ponta-cabeça fazer o que parece impossível, transitar em diferentes tempos passado, presente e futuro. No caso de muitas crianças nem a pobreza, a fome são capazes de matar os seus sonhos.
Portanto brincar é uma atividade livre, imprevisível e espontânea, porém, ao mesmo tempo, regulamentada, meio de superação da infância, assim como modo de constituição da infância, maneira de apropriação do mundo de forma ativa e direta, mas também através da representação, ou seja, da fantasia e da linguagem.
“Brincando o individuo age como se fosse outra coisa e estivesse em outro lugar.” (FORTUNA, 2004:7).
A liberdade não é a ausência de regras, mas sim a liberdade de expressão. As brincadeiras de herói como os da TV, são fantasias e elas devem aprender que essas brincadeiras podem machucar em fim precisa-se colocar limites em relação a determinadas atitudes da criança.
O brincar é uma experiência de cultura importante não só nos primeiros anos da infância, mas durante todo o percurso da vida de qualquer ser humano.
Ao observarmos as brincadeiras e interações das crianças e adolescentes podemos aprender com elas, pois essas observações contribuem para nossa aproximação cultural com as crianças e para compreender melhor a importância do brincar nas suas vidas.
É no brincar que a criança constitui-se como agente da sua experiência social. Com isso ela desenvolve o companheirismo, a solidariedade, a partilha, a interação social, etc. Lembrando que não é só a criança que brinca o adolescente também sente está necessidade, é por meio das brincadeiras que eles ampliam os conhecimentos do que está ao seu redor.
Assim é preciso aprender com eles a rir a inverter a ordem, a representar, a imitar, a sonhar e a imaginar.
A organização das brincadeiras com os conteúdos pode ser através dos jogos e situações lúdicas com a intenção de desenvolver conceitos matemáticos, lingüísticos ou científicos.
As brincadeiras não precisam ser desenvolvidas somente no pátio da escola, mas em sala de aula, por meio da invenção de diferentes formas de brincar com os conhecimentos.
Segundo LUCKESI “quando o ser humano age ludicamente, vivência uma experiência plena, pois é um fenômeno interno do sujeito, que possui manifestações no exterior, partindo do interior do sujeito.”.
Diante de tudo que foi discutido, podemos concluir que os brinquedos e as brincadeiras são instrumentos pedagógicos valiosos e devem ser parte da ação pedagógica diária dos professores, assim contribui para a formação cognitiva, afetiva e social da criança, garantindo_lhe a cultura e o direito do brincar, formando cidadãos quem sabe mais felizes. o cognignitiva, afetiva e social da criança, garantindo_lhe a cultura e o direito do brincar, cidadãos quem sabe mais felizes.
Bibliografia
FORTUNA, Tania Ramos. O Brincar na Educação Infantil. Revista Pátio ano1 nº3 Dez2003/Mar2004. Editora Artmed.
BORBA, Angela Mayer. O brincar Como um Modo ser e Estar no Mundo. Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientações para Inclusão da Criança de Seis Anos de Idade, 2006.

LUCKESI. Cipriano Carlos. Ludicidade e Atividades Lúdicas Uma Abordagem a Partir da Experiência Interna. Website de Cipriano Carlos Luckesi. Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientações para Inclusão da Criança de Seis Anos de Idade, 2006.

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